FIV e aborto espontâneo: quais são os riscos e como minimizá-los?

Você que está iniciando algum tratamento de reprodução assistida com certeza já deve ter se informado sobre os riscos que o processo escolhido pode oferecer e tudo o que se pode fazer para minimizá-los. A Fertilização in Vitro (FIV) é uma destas possibilidades para se chegar ao ciclo gestacional. Procedimento mais complexo e muito seguro, mas que ainda assim apresenta alguns riscos possíveis, como por exemplo, o aborto espontâneo.

No conteúdo de hoje vamos conversar sobre a relação existente entre a Fertilização in Vitro, um dos principais métodos de reprodução assistida, e o aborto espontâneo.

Conheceremos os riscos interligados ao processo de FIV, e veremos todas as estratégias possíveis para que estes riscos sejam minimizados.

Ainda teremos dicas para melhorar a saúde antes e durante a gestação, feita através do método de reprodução assistida, focadas sobretudo na melhoria da alimentação e do estilo de vida.

Boa leitura.

Os riscos da Fertilização in Vitro

A Fertilização in Vitro é um dos principais métodos de reprodução assistida que temos, responsável por transformar o sonho da maternidade de muitas mulheres e casais em realidade.

A técnica de FIV tem passado por um processo de evolução considerável ao longo do tempo, se beneficiando de avanços no campo da ciência e da reprodução assistida, mas ainda assim carrega consigo a possibilidade de gerar efeitos colaterais nas pacientes.

Desde mudança de humor e náuseas, por conta das medicações, passando por dores e até chegar em situações mais sérias como o aborto espontâneo, a FIV como qualquer outro procedimento médico tende a oferecer riscos para as pacientes.

É por conta dessas possibilidades que se torna tão importante para a mulher ter um suporte profissional de excelência, com uma equipe interdisciplinar que vai poder pensar sempre nas opções mais avançadas e seguras de tratamento.

Aqui na Materbaby temos um corpo clínico interdisciplinar, com especialistas em diversas áreas, como ginecologia, obstetrícia, reprodução assistida, gestação de alto risco, entre outras.

O que é o aborto espontâneo?

O aborto espontâneo é a interrupção involuntária da gravidez antes de 20 semanas.

A taxa de aborto espontâneo tende a variar de 15% para mulheres que estão na faixa etária dos 20 anos para mais de 50% quando estão na faixa etária dos 40 anos.

Por que o tratamento de FIV não elimina a possibilidade do aborto espontâneo?

Esta é certamente uma das perguntas mais feitas entre as futuras mamães, não é verdade?

Acontece que mesmo em um tratamento de Fertilização in Vitro, onde as diversas variáveis podem ser controladas e monitoradas, como a característica do endométrio e o uso de medicações hormonais para suporte da gravidez, por exemplo, não é possível prever ou controlar todas as etapas da implantação e desenvolvimento embrionário.

Entretando, é possível sim minimizar a chance de aborto durante a FIV. Pode ser feita uma pré seleção desses óvulos e embriões, podendo até evoluir para avaliação genética dos embriões nos casos que possuem indicação, como em idade materna acima de 40 anos, abortos de repetições prévios ou alteração cromossomica do casal.

As principais causas de aborto espontâneo

São muitos os fatores que podem levar a mulher a ter interrompida a sua gravidez antes da vigésima semana de gestação.

Podemos citar como principais causas:

• Má formação embrionária

• Insuficiência luteínica (falta de progesterona);

• Trombofilia;

• Mudanças hormonais;

• Doenças da tireoide;

• Infecções por vírus ou bactérias;

• Diabetes;

• Obesidade;

• Peso muito abaixo da média;

• Doenças autoimunes;

• Consumo elevado de bebidas alcoólicas ou de cafeína;

• Uso de drogas;

• Tabagismo.

O que fazer para diminuir os riscos de aborto espontâneo nos tratamentos de FIV

A medicina evoluiu muito e, graças aos seus avanços, hoje é possível realizar alguns procedimentos para diminuir a chance de aborto espontâneo, indicados principalmente em casos de idade materna acima de 40 anos, abortos de repetições prévios ou alteração cromossomica do casal.

Confira:

• Pré-seleção de óvulos e embriões:

Após a coleta dos óvulos, os embriologistas avaliam a qualidade de cada um, considerando fatores como maturidade e integridade celular. Apenas os óvulos de melhor qualidade são fertilizados.

Depois da fertilização, os embriões resultantes são monitorados durante alguns dias. Durante esse período, os embriologistas analisam o desenvolvimento e a qualidade dos embriões, escolhendo os mais promissores para serem transferidos ao útero ou congelados para futuras tentativas.

Essa seleção cuidadosa ajuda a maximizar as chances de sucesso no tratamento, reduzindo os riscos de complicações e aumentando a probabilidade de uma gestação saudável.

• Avaliação genética:

A avaliação genética é uma etapa avançada nos tratamentos de reprodução assistida que visa identificar anomalias cromossômicas ou genéticas nos embriões antes da transferência ao útero. Esse processo, conhecido como Diagnóstico Genético Pré-implantacional (PGD) ou Teste Genético Pré-implantacional (PGT), envolve a análise de uma ou mais células do embrião em desenvolvimento.

Essa avaliação permite que os embriologistas selecionem embriões livres de doenças genéticas hereditárias ou anomalias cromossômicas, aumentando as chances de uma gravidez saudável. Além disso, a avaliação genética ajuda a reduzir o risco de abortos espontâneos e de gestações

múltiplas, melhorando os resultados gerais dos tratamentos de fertilidade. É uma ferramenta importante para casais com histórico de doenças genéticas.

Além disso, toda a parte de estilo de vida pode impactar na qualidade dos óvulos e, consequentemente, do embrião. Por isso, cuidar da alimentação, praticar atividades físicas e manter o sono regulado são atitudes essenciais nesse processo.

Conclusão

No conteúdo de hoje vimos como mulheres que buscaram a gestação através do tratamento de Fertilização in Vitro (FIV) não estão livres da possibilidade de um aborto espontâneo.

No entanto, a medicina reprodutiva oferece diversas estratégias para minimizar esses riscos, incluindo a pré-seleção cuidadosa de óvulos e embriões e a avaliação genética. Com o suporte adequado e as tecnologias avançadas, é possível transformar desafios em oportunidades para alcançar o sonho da maternidade.

Na Materbaby, estamos sempre estudando e atualizando nossos tratamentos, para oferecer o que há de melhor na área de reprodução humana assistida.

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